Internos de Tucuruí concluem curso de artesanato em madeira

Enviado por kaila.fonseca em Sex, 17/05/2024 - 13:39

A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Pará (Seap) segue implementando cursos profissionalizantes em suas 54 unidades penitenciárias. Como continuidade no compromisso de promover a reinserção de pessoas privadas de liberdade, nesta sexta-feira (17), ocorreu a conclusão do curso de artesanato em madeira na Unidade de Custódia e Reinserção (UCR) de Tucuruí. A formação contou com a participação de 20 internos.

 

Fruto de uma parceria entre a Seap, a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnologia (Sectet) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), o curso contou com carga horária de 40 horas. A iniciativa já foi promovida em outras unidades prisionais, como UCR Marabá e a UCR de Cametá, sendo pela primeira vez realizada na unidade de Tucuruí.

 

 

Linderley Silva da Costa, técnico de reinserção da unidade de Tucuruí, falou sobre como a oferta de cursos profissionalizantes tem sido positivas no processo de ressocialização dos apenados. "Sobre a situação do curso de artesanato madeira, as pessoas privadas de liberdade estão gostando muito e desenvolvendo habilidades com as atividades que a instrutora vem ministrando. A cada dia eles vão se aprimorando mais sobre o curso. Nós já tivemos outros cursos, também ofertados pela secretaria, que foram muito produtivos, e esperamos que venham outros mais, já que os cursos são fundamentais para a reinserção social dos participantes", disse o técnico.

 

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A matéria-prima utilizada  para a realização do curso é proveniente de madeira reciclada de obras civis e paletes doados, permitindo aos participantes a produção de peças como: casinhas de passarinho, placas decorativas, acessórios para jardim e pêndulos para varandas. 

 

Marta Santos, servidora do Senar foi a instrutora de arte em madeira. Marta explicou como o curso abre novas perspectivas profissionais para os custodiados envolvidos.

 

"A satisfação desse trabalho é o retorno que a gente tem com relação aos internos. Eles se empenham no trabalho, eles se dedicam, eles têm criatividades. Então isso nos deixa muito felizes. O curso é voltado para que o custodiado, a partir do momento em que ele venha sair do cárcere, possa ter um novo convívio social. Uma forma de buscar uma melhor condição de vida aqui fora, e eu acredito que esse aprendizado só tenha que colaborar”, finalizou a instrutora.

 

O interno Carlos Felipe de Souza Batista, de 31 anos, compartilhou a sua experiência enquanto participante do curso. Ele expressa a importância não apenas de explorar as novas habilidades como forma de expressão, mas também de vislumbrar oportunidades do futuro pós cárcere. 

 

"Então, a meu ver, e ao ver dos meus colegas, temos hoje a oportunidade de estar criando arte não só dentro da gente, mas também como uma alternativa de trabalho para que, quando eu sair do cárcere, possa retornar a sociedade. Eu vejo isso como uma oportunidade não só de conquistas na sociedade, mas também como um meio de sobrevivência, de poder estar garantindo a minha renda desse novo material que estamos fabricando aqui na unidade. Eu agradeço a oportunidade que a Seap, a Sectet e o Senar estão nos ofertando. Acho isso muito importante, que se continue trazendo mais cursos como este, que dão mais oportunidade para as pessoas que queiram realmente se reintegrar à sociedade novamente", finalizou o interno.

 

Texto: Kaila Fonseca / Estagiária NCS Seap Pará.